quinta-feira, 26 de maio de 2011
Dilma cede a pressão de deputados evangélicos, e troca kit Anti-Homofobia do MEC por apoio a Palocci
Depois da pressão que a Frente Evangélica Parlamentar, liderada pelo deputado Anthony Garotinho, provocou, Dilma Roussef decidiu vetar o projeto “Escola sem Homofobia”, criado pelo MEC para conscientizar alunos das escolas públicas de 14 a 18 anos sobre o respeito à diversidade sexual no ambiente escolar. Os deputados da Frente Evangélica argumentam que o Kit composto de vídeos e cartilhas incentivava a homossexualidade. Material semelhante sobre sexo seguro para jovens gays que estava sendo analisado pelo Ministério da Saúde também foi vetado. Um outro projeto que visava a cidadania de gays, lésbicas e trans do Ministério da Cultura também foi suspenso.
O governo admite que a suspensão do material foi provocada pela pressão da bancada religiosa. "Na verdade o governo recebeu hoje a bancada evangélica e católica que vieram contestar os materiais atribuídos aos ministérios da Educação, da Cultura e da Saúde. O governo informou aos deputados que estão suspensas todas as produções de materiais que falem dessas questões, sobretudo dessa questão comportamental", informou Gilberto Carvalho.
"A posição do governo é clara. Estão suspensas a edição e a distribuição desse material. E qualquer material daqui para frente passará por um crivo de um debate mais amplo da sociedade", enfatizou o ministro.
A Frente Evangélica chegou a ameaçar no Plenário da Câmara que seus 70 deputados não votariam mais nenhuma pauta da Casa enquanto o Kit do MEC não fosse vetado.
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