segunda-feira, 11 de julho de 2011

Salve o Rio Piranhas

Texto: José Fernandes 
O vídeo que você está prestes a assistir foi feito por alunos da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual João Silveira Guimarães. Veja se essas cenas não são bem atuais, esse vídio foi feito a quase três anos.  Se a gente não tomar as providências o mais rápido possível, iremos amargar a perda de um bem, tão preciso, que é o nosso Rio Piranhas. Não polua o rio, se para lá você for, não jogue o lixo nem o deixe lá, leve-o de volta para casa numa sacola ou outro recipiente, mas não o deixe no rio. Seja prudente poupe o rio de tanta poluição, faça a diferença.
                               

Salveopiranhas/MeioAmbiente

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Não existe uso seguro de agrotóxicos, diz Wanderlei Pignati

Mais de 30 tipos de pesticidas proibidos na União Europeia continuam a ser usados no Brasil, como o endosulfan, clorado que se aloja na gordura e, por isso, pode ser encontrado inclusive no leite materno.


Por IHU On-Line
Intoxicações crônicas que, em longo prazo, resultam em câncer, descontrole da tireoide, do sistema neurológico em geral, surdez, diminuição da acuidade visual e até mesmo Mal de Parkinson são possíveis problemas de saúde causados pelos agrotóxicos. De acordo com o médico sanitarista Wanderlei Pignati, quem trabalha com saúde pública não deixa de se perguntar onde foram parar os conteúdos dos temíveis frascos de agrotóxicos.

Produtos banidos pela União Europeia continuam a ser usados no Brasil, país do mundo que mais emprega pesticidas em suas lavouras. Por que razão isso continua a ser permitido, questiona Pignati. Onde está o comprometimento com o ambiente, como um todo? A situação é tão grave que, além de serem encontradas nos alimentos, na água, no solo, no ar, essas substâncias foram detectadas, inclusive, no leite materno.
Conforme Pignati, na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line, “vários tipos de agrotóxicos se depositam na gordura e muitos deles, como os clorados, nunca mais saem dela. É o caso do endosulfan. Quando a mulher produz o leite para amamentar seu filho, esse líquido terá agrotóxico em sua composição. Isso porque o leite é composto por 2 a 3% de gordura”.

Como se isso não fosse assustador o bastante, o médico é categórico ao afirmar que é impossível um uso totalmente seguro dos agrotóxicos. Mesmo que sejam usados equipamentos de proteção individual pelos trabalhadores que fazem as aplicações nas lavouras, “esses produtos penetram pela mucosa de pele, do olho, da orelha das pessoas, e inclusive pela respiração”.

Wanderlei Pignati é graduado pela Universidade de Brasília – UnB, especialista em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo – USP, mestre em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT e doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Fundação Oswaldo Cruz com a tese Os riscos, agravos e vigilância em saúde no espaço de desenvolvimento do agronegócio no Mato Grosso. Estuda a contaminação das águas e as bacias, além de participar de uma pesquisa no município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso do Sul, onde há cinco anos houve um grande acidente de contaminação por agrotóxicos por pulverização. Atualmente, leciona na UFMT.
IHU On-Line/EcoAgência

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cites elogia Brasil no rastreamento de comércio ilegal de animais silvestres

Convenção da ONU sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, Cites,
 prentende usar um novo sistema eletrônico para impedir a falsificação da emissão de
 licenças.
  
Contrabando gera bilhões de dólares



















A Convenção das Nações Unidas sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, Cites, anunciou
 que quer implantar um novo sistema eletrônico único de emissão de licenças. O dispositivo poderia ser
 acessado de várias partes do mundo. A proposta foi debatida num encontro da ONU, realizado na Nicarágua,
 com especialistas de diversos países latino-americanos incluindo o Brasil. O sistema de rastreamento
 brasileiro foi citado como exemplo na reunião.


De acordo com o coordenador de equipe da Cites, Marcos Silva, atualmente é muito fácil
 falsificar as licenças que estabelecem se uma espécie animal ou planta pode ou não ser
exportada. Segundo ele, as falsificações são muito comuns nos países da África. Nesta
entrevista à Rádio ONU, no retorno a Genebra, Marcos Silva falou sobre o projeto. “Nós
 estamos fazendo um plano regional para a América Latina para conferir se podemos
 implementar este sistema. O que é interessante é que o Brasil tem um sistema muito
avançado, e como parte deste projeto, o país disponibilizou a sua tecnologia às nações
 que precisam de ajuda para implantar este tipo de sistema”, afirmou.
Marcos Silva diz que é muito difícil contabilizar este tipo de comércio ilegal, mas que
 pesquisadores da área acreditam que somente o tráfico de armas e de drogas sejam maiores
 que a atividade. O policiamento deste tipo de crime também é complicado, principalmente
 em países onde o sistema judicial e de multas é fraco em relação à estas ofensas, alerta
Marcos Silva.


“É tão difícil quanto policiar atividades de drogas. Nós sempre pensamos que é o turista que
 chega com alguma coisa, mas o perigo real são as máfias organizadas. Você também está
falando em espécies economicamente significativas, como por exemplo, o caviar. Esta
organização de crimes e o pouco policiamento faz com que esta seja uma atividade ilegal que
 dá muito lucro e pouco risco de apreensão”, disse. O contrabando de animais e plantas
 
 gera bilhões de dólares, segundo a Cites, e coloca várias espécies em risco de extinção.
 Por Daniela Gross - Rádio ONU/EcoAgência

sábado, 2 de julho de 2011

Fazenda será desapropriada por produzir dano ambiental

Vista aérea do município catarinense de Taió


Por Tribunal Regional Federal da 4ª Região - TRF4
A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) considerou legal o ato administrativo de desapropriação da Fazenda Campo do Paiol, no município de Taió, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. A corte, dessa forma, negou provimento à apelação movida pela proprietária do imóvel e autorizou seu uso para a reforma agrária. A decisão foi publicada na última semana no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 4ª Região. Segundo os autos, a propriedade vinha sofrendo danos ambientais com a prática de corte raso da mata nativa, uso de fogo e instalação e funcionamento de atividade poluidora sem licença do órgão ambiental competente.
A proprietária alega que a fazenda estava arrendada e que não teve responsabilidade pelo ocorrido, que a terra é produtiva e que o dano está sendo superestimado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Após analisar o recurso de apelação, a então relatora do processo no tribunal, desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler, que desde o dia 20 de junho é a nova presidente da corte, manteve na íntegra a decisão de primeiro grau. Segundo a magistrada, o proprietário deve responder por sua propriedade, mesmo que não tenha culpa ou dolo no crime ambiental. “O uso inadequado dos recursos naturais e a ausência de preservação do meio ambiente atentam contra a função social da propriedade”, escreveu a magistrada, citando a sentença de primeiro grau e mantendo o ato administrativo da União.TRF4/EcoAgência