terça-feira, 5 de julho de 2011

Cites elogia Brasil no rastreamento de comércio ilegal de animais silvestres

Convenção da ONU sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, Cites,
 prentende usar um novo sistema eletrônico para impedir a falsificação da emissão de
 licenças.
  
Contrabando gera bilhões de dólares



















A Convenção das Nações Unidas sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, Cites, anunciou
 que quer implantar um novo sistema eletrônico único de emissão de licenças. O dispositivo poderia ser
 acessado de várias partes do mundo. A proposta foi debatida num encontro da ONU, realizado na Nicarágua,
 com especialistas de diversos países latino-americanos incluindo o Brasil. O sistema de rastreamento
 brasileiro foi citado como exemplo na reunião.


De acordo com o coordenador de equipe da Cites, Marcos Silva, atualmente é muito fácil
 falsificar as licenças que estabelecem se uma espécie animal ou planta pode ou não ser
exportada. Segundo ele, as falsificações são muito comuns nos países da África. Nesta
entrevista à Rádio ONU, no retorno a Genebra, Marcos Silva falou sobre o projeto. “Nós
 estamos fazendo um plano regional para a América Latina para conferir se podemos
 implementar este sistema. O que é interessante é que o Brasil tem um sistema muito
avançado, e como parte deste projeto, o país disponibilizou a sua tecnologia às nações
 que precisam de ajuda para implantar este tipo de sistema”, afirmou.
Marcos Silva diz que é muito difícil contabilizar este tipo de comércio ilegal, mas que
 pesquisadores da área acreditam que somente o tráfico de armas e de drogas sejam maiores
 que a atividade. O policiamento deste tipo de crime também é complicado, principalmente
 em países onde o sistema judicial e de multas é fraco em relação à estas ofensas, alerta
Marcos Silva.


“É tão difícil quanto policiar atividades de drogas. Nós sempre pensamos que é o turista que
 chega com alguma coisa, mas o perigo real são as máfias organizadas. Você também está
falando em espécies economicamente significativas, como por exemplo, o caviar. Esta
organização de crimes e o pouco policiamento faz com que esta seja uma atividade ilegal que
 dá muito lucro e pouco risco de apreensão”, disse. O contrabando de animais e plantas
 
 gera bilhões de dólares, segundo a Cites, e coloca várias espécies em risco de extinção.
 Por Daniela Gross - Rádio ONU/EcoAgência

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