quarta-feira, 29 de junho de 2011

Reserva de água abaixo de São Paulo corre risco de contaminação

O aquífero Guarani, segundo maior do mundo, é poluído por indústrias, lixões e canaviais


aquífero Guarani, a segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo, corre sérios riscos de contaminação. Esta foi a conclusão de um estudo de campo realizado por técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo (IPT), divulgado há pouco menos de um mês. De acordo com o documento, as ameaças de poluição da reserva de água vêm do chorume dos lixões, resíduos industriais e agrotóxicos espalhados nos canaviais.
O estudo do IPT cobriu 143 mil quilômetros quadrados, região que o aquífero ocupa em São Paulo, porém a reserva se estende também para outros estados da regiões sudeste, sul e centro-oeste do país, além da Argentina, Paraguai e Uruguai.
O coordenador do projeto no Departamento de Hidrografia e Avaliação Socioambiental do IPT, José Luiz Albuquerque, explica que o estudo se fixou nas "bordas do Aquífero Guarani – nos municípios de Ribeirão Preto, Piracicaba, São José do Rio Preto, entre outros – onde a água fica à flor da terra e se renova lentamente, sofrendo também as maiores ameaças de contaminação", afirma ele. "Analisamos a viabilidade de atividades econômicas nessas regiões, como agricultura e segurança ambiental.”

O que é o aquífero?

É um conjunto de materiais geológicos que, em razão de sua característica de formação, possui espaços vazios em seu interior. Com o passar de milhares de anos, as águas abrigaram estes espaços vazios. No caso, o aquífero Guarani é uma camada geológica de mais de 100 milhões de anos, que cobre o território de oito estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Minas Gerais), parte do Uruguai, Paraguai e da Argentina. O aquífero tem 1,1 milhão de quilômetros quadrados, dos quais 800 mil no Brasil.

* Matéria com informações da Revista Cyan./akatu

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